De um chapéu bem enfiado na cabeça espero muito pouco. Na natureza (por exemplo nas árvores) não existem protecções para a chuva nem protecções para o Sol. Com esta designação, saliento uma outra necessidade: quando falamos destes objectos (dos chapéus) poderíamos também afirmar que estes tapam a vergonha, quando utilizados por um homem calvo que sai à rua; e esta é a principal razão para mantermos este objecto com alguma consistência na nossa sociedade. E as pedras? pergunto eu. Não necessitariam, também elas, de um chapéu que tape o seu complexo pela falta de pelugem? Aqui chamaria a atenção para o meu simpático cão, que brinca, respeitosamente e melhor do que ninguém, com estas estruturas duras, deitando-se, ao longo do dia, em cima das pedras mais lisas, tornando-as, por breves instantes, em gente feliz que nasce com cabelo por todo o lado.
autor: rui almeida paiva
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