domingo, 19 de abril de 2009

vigésima nona tentativa para chegar ao mesmo sítio

De um chapéu bem enfiado na cabeça espero muito pouco. Na natureza (por exemplo nas árvores) não existem protecções para a chuva nem protecções para o Sol. Com esta designação, saliento uma outra necessidade: quando falamos destes objectos (dos chapéus) poderíamos também afirmar que estes tapam a vergonha, quando utilizados por um homem calvo que sai à rua; e esta é a principal razão para mantermos este objecto com alguma consistência na nossa sociedade. E as pedras? pergunto eu. Não necessitariam, também elas, de um chapéu que tape o seu complexo pela falta de pelugem? Aqui chamaria a atenção para o meu simpático cão, que brinca, respeitosamente e melhor do que ninguém, com estas estruturas duras, deitando-se, ao longo do dia, em cima das pedras mais lisas, tornando-as, por breves instantes, em gente feliz que nasce com cabelo por todo o lado.


autor: rui almeida paiva

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